Quando cheguei em Ivoti, para o “Exame de seleção” ao final
do ano de 1975, de cara encontrei a Sílvia na fila de espera. Seríamos chamadas
a qualquer momento.
Ela dizia de cabeça erguida:
- Eu vou ser pastora. Vou cursar o IPT
(Instituto Pré Teológico).
Eu expliquei para ela que eu antes faria o curso para professora catequista e depois eu
faria a Faculdade de Teologia. Eu disse que este era o conselho de um pastor
que tinha dito que “este negócio de pastoras ainda não tá dando certo”.
Na sala do “Exame”, os professores me garantiram que “esse
negócio de pastoras estava dando certo, sim” e que eu tinha mesmo a vocação
para ser pastora. Saí da sala com o coração batendo mais forte do que nunca e
no corredor encontrei não só a Sílvia, mas também a Marli, ambas felizes, na
certeza de estarmos iniciando um bom período de convivência.
No início de 1976, iniciamos no IPT o primeiro ano do Ensino
Médio como se diz hoje. Éramos as únicas meninas da turma. Nos juntamos a
outras que estavam já no segundo ano, quatro delas que passaram a morar com a
gente. Eram Loraci Kopp, Leni Schneider,
Merlinde Naue e Hildegard Stumm (esta lamentavelmente já falecida).
Nós, “as sete meninas
do Prô”, passamos a morar no segundo
piso daquela casa em frente ao portão principal do então prédio do IPT. Carlos
Möller morava no térreo, cuja esposa Cláudia passou a ser também nossa amiga.
Eu desafio minhas outras companheiras a escreverem relatos
sobre aqueles dois anos que moramos juntas. Quero inclusive desafiar aquelas
companheiras que decidiram não entrar na faculdade de Teologia, nos falando dos
seus motivos.
Para finalizar, eu lembro que este foi o ano de 1976, ano em
que Rita Panke conclui o Bacharelado em Teologia na Faculdade de Teologia, hoje
EST.
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