Quando eu era menina, eu
vivia cantando. Aquelas canções da Jovem Guarda que as rádios tocavam o tempo
todo, eu cantarolava o tempo todo. Depois eu fui descobrindo a MPB (Música
Popular Brasileira). Aí que não parei mais de vez.
Minha mãe dizia, quando me
chamavam e eu não respondia: “A Mosi deve estar cantarolando por aí”. E eu “Estava a toa na vida...”, às vezes
ainda tirando leite, ou dando uma baciada de leite pras ninhadas de filhotes
das minhas gatas, que não eram poucas.
Nos primeiros dias de IPT,
não deu outra: passei cantarolando por um grupo de colegas meninos.
- Guria, tu passou por
eles cantando!!
- Tá, e daí? Não pode?
- Não, não pode!
- Mas por que não pode?
- Por que eles vão pensar
que tu estás “te fresqueando”.
Marli e Sílvia passaram a
cantar comigo e juntas convidamos nossos colegas a cantarolar com a gente.
Cantamos tanto!
E nestes anos tantos, tanto
cantamos em conjunto!
Cantarolamos nossos hinos
de liberdade e igualdade
Nas lutas por liberdade e
igualdade
Abafados por muitas vezes
Liberados por tantas
outras vezes
E continuamos cantarolando
pra vida
Nos “fresqueando”
livremente
E a vida cantarolando
Fica “se fresqueando” pra
gente!
Maravilhosamente!
Louraini Chrismann, Lola, Horizontina
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