Minha mãe e eu sabíamos
que minha identificação com as pessoas pobres e sofridas se daria nos caminhos
da IECLB. Mas como eu não me imaginava nem como professora catequista, nem como
diaconisa, que eram as possibilidades que víamos, e como eu era uma menina, estávamos numa encruzilhada.
Um dia minha mãe e meu pai
voltaram da cidade e minha mãe veio gritando de longe, erguendo o Jornal
Evangélico, dizendo:
- Minha filha, é isto que queres
ser?
- É!
Era a foto da Pastora Rita
Panke estampada na capa do Jornal Evangélico. Não tivemos mais dúvidas. O
coração da minha mãe e o meu dispararam
de alegria, porque a nossa IECLB estava começando a se abrir para o ministério
pastoral de mulheres. Meu pai, minha irmã e meu irmão igualmente vibraram com a
gente, passando a fazer tudo para que tudo desse certo.
Após o próximo culto na
comunidade, numa conversa linda que sempre tivemos com parentes em frente da igreja,
o assunto foi este. O Pastor Bruno estava com a gente e me garantiu que faria
tudo para me apoiar. Ele disse ainda que tinha certeza que “esta menina tem
vocação para ser pastora”, o que encheu os olhos do meu pai de lágrimas. E
minha mãe disse apenas:
- Eu sei, Pastor. Eu
também tenho certeza disso.
Louraini Christmann, Lola, Horizontina.
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