quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Pedacinhos da Teologia de Libertação desafiando a menina Louraini nos anos 70


Nossa família participava regularmente das celebrações da comunidade. Era no período em que meu irmão Lauri e eu (somos gêmeos) participávamos no Ensino Confirmatório.

As palavras do Pastor Bruno Gottwald me desafiavam demais. Ele era simples e direto. Usava simbologia, desenhos, histórias e canções novas que eu amava.

Na sua pregação, referia-se muito ao povo sofrido de Deus lá nos tempos bíblicos e aqui no nosso tempo. Lembro que ele citava exemplos vindos da Comunidade de Mambuca, uma comunidade sofrida do interior e de um lugar que era popularmente chamado de Campina, lugar que na época sobrava para quem não tinha outro lugar. Havia muito preconceito.

Eu queria poder fazer algo. O desafio do Pastor Bruno mexia demais comigo. E minha mãe e eu sabíamos que este fazer algo seria por dentro da igreja. Ela me perguntava:

- Tu quer ser catequista?
- Acho que não, mãe!
- Tu quer ser diaconisa?
- Acho que não, mãe!
- O Lauri é pra ser pastor.
- Ah, pois é, mãe, que pena que também não sou guri!
- É, que pena!

Louraini Christmann, Lola, Horizontina 

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