Nossa família participava
regularmente das celebrações da comunidade. Era no período em que meu irmão
Lauri e eu (somos gêmeos) participávamos no Ensino Confirmatório.
As palavras do Pastor
Bruno Gottwald me desafiavam demais. Ele era simples e direto. Usava
simbologia, desenhos, histórias e canções novas que eu amava.
Na sua pregação,
referia-se muito ao povo sofrido de Deus lá nos tempos bíblicos e aqui no nosso
tempo. Lembro que ele citava exemplos vindos da Comunidade de Mambuca, uma
comunidade sofrida do interior e de um lugar que era popularmente chamado de
Campina, lugar que na época sobrava para quem não tinha outro lugar. Havia
muito preconceito.
Eu queria poder fazer
algo. O desafio do Pastor Bruno mexia demais comigo. E minha mãe e eu sabíamos
que este fazer algo seria por dentro da igreja. Ela me perguntava:
- Tu quer ser catequista?
- Acho que não, mãe!
- Tu quer ser diaconisa?
- Acho que não, mãe!
- O Lauri é pra ser
pastor.
- Ah, pois é, mãe, que
pena que também não sou guri!
- É, que pena!
Nenhum comentário:
Postar um comentário